Quais são os problemas com o design thinking?

Antes de assumirmos um projeto de inovação, é importante compreender os desafios com design thinking e conhecer as novas opções para obter projetos de sucesso

Quais são os problemas com o design thinking?

Muitas vezes, subestima-se o contexto estratégico de como indústrias e mercados específicos realmente funcionam. Às vezes, podemos ser nossos piores inimigos quando se trata de trabalhar em equipes tentando resolver desafios reais. Se estivermos focados apenas em problemas, exibindo nossos próprios medos de assumir riscos, ou ainda deixarmos nos egos assumir o controle apenas para reafirmar-los sobre os outros, provavelmente causaremos problemas. O grande segredo não é se livrar definitivamente dos conflitos dentro da equipe, discussões apaixonadas entre ideias conflitantes é a melhor maneira de se criar ideias disruptivas, o que provavelmente não resulta em ambientes produtivos de ideias radicalmente promissoras, ocorre quando nos recusamos a aceitar a relevância de pontos opositores, especialmente quando os testes e pesquisas indicam que a solução atual não está funcionando maravilhosamente com uma amplitude de usuários-alvo que realmente gera impacto financeiro para o negócio.

Antes de assumirmos um projeto de design thinking, é importante, em primeiro lugar, tomar nota dos vários obstáculos que podem nos impedir de chegar a uma solução que realmente funcione. Desde nossas tendências impulsivas de reagir aos desafios rapidamente e resolvê-los com a mesma rapidez, até conseguir diluir o efeito de egos se identificar com o seu ponto de vista a excluir ou até desejar aniquilar o pensamento de grupo. Existem muitas armadilhas potenciais que as equipes devem aprender a evitar. Desenvolver uma compreensão holística dos desafios que os usuários-alvo enfrentam é um elemento-chave do Design Thinking, que normalmente é adotado para resolver desafios complexos e delicados onde várias esferas e campos colidem. Desafios delicados, ou problemas perversos como algumas teorias sugerem, são aqueles desafios com muitos fatores interdependentes, fazendo com que pareçam impossíveis de resolver.

Como os sistemas complexos são abertos e os fatores de influência geralmente são incompletos em fluxo e difíceis de definir, resolver problemas perversos requer uma compreensão profunda das partes interessadas envolvidas e uma abordagem inovadora fornecida pelo design thinking. Questões complexas, como saúde e educação, são exemplos de problemas perversos. Muitos dos desafios de design que enfrentamos são problemas perversos, onde esclarecer o problema geralmente é uma tarefa tão grande quanto resolvê-lo. 

Agora é importante ressaltar uma importante mudança no modelo mental de quem deseja vencer desafios, solucionar problema ou realizar propósitos. E essa é maior revelação dentro do universo do Design Thinking na última década. O inovador Stack Design Thinking sugere um meio para compreender o cenário da complexidade. E parte dos problemas perversos está na sua própria natureza, ou melhor, taxonomia e ontologia, ou seja, na forma como o definimos. E ainda na forma como pensamos sobre isso. Isso significa que pensar no problema é a base de sua emergência. 

Para explicar melhor isso tudo alguns conceitos são importantes decupar, vamos começar com o pensamento, ele é uma espécie de troca ou interação e é nesse momento que se cria valor, ou seja, problemas são criados no momento em que se pensa que eles existem. Veja, não estamos diminuindo a urgência de se atender a certas necessidades ou dores, porém estamos propondo um novo olhar sobre esses sinais em ordem de compreendê-los e melhor atender aos seus chamados, pois é isso mesmo que são, chamados. Dores sugerem a necessidade de se por fim a elas, mas a dor é mesmo um alerta da linguagem natural com o propósito apenas de nos chamar atenção, e quanto maior a dor mais difícil de ser ignorada, justamente porque é a atenção que realiza o momento de interação ou troca. Sem atenção, a interação ou troca não ocorre e nenhum valor percebido é criado. Portanto, os piores desafios são aqueles que não sentimos. E os piores problemas são aqueles que recebem tanta atenção que a dor provocada é maior do que o propósito que originou o seu alerta, nesse sentido, o foco passa a ser em solucionar o problema para curar a dor e a sua causa permanece escondida no meio de tantos alarmes tocando e nesses momentos é claro que desligar os alarmes é prioridade número 1. Ou seja, quando olhamos para um cenário sem classificar dúvidas como problemas, conseguimos ao menos ter maior clareza de espírito para encontrar novas respostas mais rápido. 

E é justamente isso que o Stack Design Thinking®  se propõe, neste novo e inovador processo, coletamos os propósitos individuais de todos os influenciadores e influenciados por um cenário, e assim todas as partes podem prover informações sobre necessidades originais e participar de um protótipo de serviço, uma maneira rápida e fácil de “simular" os diferentes projetos de um protótipo que permita todo tipo de entrada, interação e melhorias. Junte-se a isso, um profissional de Stack Design Thinking®  certificado pela Innovati.io, que seja veterano para observar e aprender a interpretar todos os sinais por trás dos seus primeiros desafios, e obtemos o método para obter o máximo sucesso. Os executivos muitas vezes tentam transformar o Design Thinking em apenas um workshop, entendendo que é aí que o trabalho real é feito, mas isso leva a projetos malsucedidos. O teórico do design e acadêmico Richard Buchanan conectou o design thinking à inovação necessária para começar a lidar com problemas perversos e a Innovati. Design foi além. E ao questionar a natureza epistemológica da problematização compreendeu a raiz da natureza da criatividade. E com esta descoberta conseguiu hackear a inovação com um método revolucionário para acelerar a inovação radical.

Isso significa que o Stack Design Thinking® é apenas para designers? Muito pelo contrário, utilizando seu próprio método a Innovati. Design criou uma inteligência artificial que ajuda não apenas um designer ou pessoas criativas a terem melhores ideias, mas todos os funcionários, colaboradores, freelancers e líderes empresariais. Um ótimo processo de Stack Design Thinking® busca envolver todas as experiências, percepções e imaginação de forma rápida e simplificada, mas não simplista, e traduzir em uma execução brilhante por meio de interações multiplicadas e testadas a exaustão antes mesmo da montagem de qualquer protótipo, o que inclusive diminui risco e preserva recursos valiosos de serem desperdiçados antes da hora. Espera-se que esse processo inclusivo, exploratório e interativo ajude os designers a tomar decisões sobre o que os futuros clientes realmente desejam, ou ainda, precisam.

A realidade é que o Design Thinking incentivou a democratização do design, e o Stack Design Thinking® tornou isso possível de verdade, onde todo indivíduo é potencialmente um criativo solo, vestindo a camisa como funcionários e clientes, que geralmente têm muito pouca experiência com processos de design thinking, e precisam de um facilitador que escale bem em um ambiente acelerado e multitarefa. O valor do Stack Design Thinking®  está na identificação de multipropósitos maior que problemas, então, leva a interações que criam valor de verdade em torno dessas vidas. Como uma metodologia de negócios baseada no comportamento humano, o Stack Design Thinking® ainda é uma criança no meio do Design Thinking, que por si só, já é muitas vezes mal compreendido e, como os executivos estão desesperados por soluções para desafios que não entendem como resolver, mesmo o Design Thinking é frequentemente mal aplicado. A fase de ideação do design thinking envolve brainstorming usando técnicas como notas Post-It para compartilhamento de ideias e a do Stack Design Thinking® utiliza automação estruturada em um processo regado com inteligência criativa para uma nova era da criatividade.

Cris Lindner
Cris Lindner

Facilitadora de inovação dirigida pelo design. Inventora com foco em desgin de jogos e tecnologias para o desenvolvimento da criatividade consciente. Designer bacharelada pelo Mackenzie a 20 anos, 10 anos como Neuro Experience Designer, tendo trabalhado com grandes marcas e projetos de diversos segmentos, como Coca-Cola, Globo, Intel, Bradesco e muitas outras. Designer de Ideias e Designer de Futuro, especializada pela USP em Gestão da Inovação, MIT em Design Thinking e MBA em Brading pela Rio Branco.

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