O poder da destruição criativa: a perspectiva de um especialista

A destruição criativa é uma força poderosa que impulsiona o capitalismo há séculos. É o processo de fechamento de antigas indústrias e firmas, que não são mais lucrativas, permitindo que recursos (capital e mão de obra) passem para processos mais produtivos.

O poder da destruição criativa: a perspectiva de um especialista

A destruição criativa é uma força poderosa que impulsiona o capitalismo há séculos. É o processo de fechamento de antigas indústrias e firmas, que não são mais lucrativas, permitindo que recursos (capital e mão de obra) passem para processos mais produtivos. Esse processo de destruição criativa é o fato essencial sobre o capitalismo e é visto como uma força motriz do crescimento econômico. É o desmantelamento de práticas de longa data para abrir caminho para a inovação.

A destruição criativa pode levar à igualdade de renda e a melhores padrões de vida, mas também causa a depreciação de valores, o que os impede de renovar posteriormente seu processo de reprodução como capital na mesma escala. Não causa a destruição de nenhum valor de uso, mas evita que valores usados como capital voltem a atuar como capital nas mãos da mesma pessoa. Esse também é o período durante o qual os juros monetários são enriquecidos em detrimento dos juros industriais. O conceito de destruição criativa foi introduzido pela primeira vez pelo economista austríaco Joseph Schumpeter em 1942 em seu livro Capitalismo, Socialismo e Democracia.

Ele caracterizou a destruição criativa como inovações no processo de fabricação que aumentam a produtividade, descrevendo-a como o processo de mutação industrial que revoluciona incessantemente a estrutura econômica a partir de dentro, destruindo incessantemente a antiga, criando incessantemente uma nova. Essa teoria foi adotada por empreendedores e inventores que a usam para criar um rápido crescimento econômico sem gerar inflação séria. A Netflix é um exemplo moderno de destruição criativa, tendo derrubado as indústrias de aluguel de discos e mídia tradicional. A indústria do entretenimento foi virada de cabeça para baixo pela Internet, mas sua necessidade de talentos e produtos criativos permanece a mesma ou maior.

A destruição criativa não diminui instantaneamente a dor de perder o emprego quando os iniciantes substituem os incumbentes. A perspectiva de destruição criativa de Schumpeter pressupõe que arranjos e suposições de longa data devem ser destruídos para liberar recursos e energia para serem utilizados na inovação. Também caberia aos governos não interferir no potencial de criação de prosperidade desse tipo radical de capitalismo, mesmo que os elementos destrutivos derrubem empresas estabelecidas e levassem à perda de empregos. A destruição criativa fornece uma força poderosa para tornar as sociedades mais ricas.

É próximo ao conceito de sublação de Hegel em termos filosóficos e é usado para convencer as pessoas de que os ciclos de negócios são um bom fenômeno. Por meio dessa constante agitação do status quo, os empreendedores, ao promover novos produtos, tecnologias ou métodos de produção, impulsionam a mudança.

Cris Lindner
Cris Lindner

Facilitadora de inovação dirigida pelo design. Inventora com foco em desgin de jogos e tecnologias para o desenvolvimento da criatividade consciente. Designer bacharelada pelo Mackenzie a 20 anos, 10 anos como Neuro Experience Designer, tendo trabalhado com grandes marcas e projetos de diversos segmentos, como Coca-Cola, Globo, Intel, Bradesco e muitas outras. Designer de Ideias e Designer de Futuro, especializada pela USP em Gestão da Inovação, MIT em Design Thinking e MBA em Brading pela Rio Branco.

Deixe seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados como *