Quem inventou o Design Thinking? Uma visão abrangente dos pioneiros

O design thinking existe há décadas, mas foi só recentemente que se tornou um chavão. Para entender quem inventou o design thinking, devemos olhar para a década de 1950, quando ele começou a surgir.

Quem inventou o Design Thinking? Uma visão abrangente dos pioneiros

Design thinking é um conceito que existe há décadas, mas foi só recentemente que se tornou um chavão. A razão para isso é que as grandes corporações não têm a capacidade de serem criativas e, em casos extremos, são incapazes de criar novos produtos e serviços que atendam às necessidades não atendidas de seus clientes. Para entender quem inventou o design thinking, devemos olhar para a década de 1950, quando o conceito começou a surgir. O cientista da computação e ganhador do Prêmio Nobel Herbert A.

Simon foi o primeiro a mencionar o design como ciência ou forma de pensar em seu livro de 1969, Sciences of the Artificial. A noção também apareceu no livro de 1973 do professor emérito de engenharia mecânica Robert H. McKim, Experiments in Visual Thinking. O processo é caracterizado pela alternância de pensamento divergente e convergente, típico do processo de design thinking.

Uma das primeiras pessoas a escrever sobre design thinking foi John E. Arnold, professor de engenharia no MIT e mais tarde em Stanford, que buscou uma ciência da criatividade para promover a engenharia e a inovação empresarial. Arnold é pioneiro — na década de 1950, ele lançou as bases para a forma como pensamos sobre design e inovação hoje. O design thinking surgiu originalmente como uma forma de ensinar engenheiros a abordar problemas de forma criativa, como fazem os designers.

Horst Rittel e seu colega Melvin M. Webber cunharam pela primeira vez o termo Problemas Perversos em 1972. Ele é um dos primeiros pesquisadores a tentar definir a teoria do design enquanto se concentrava nos métodos de design. Ao contrário de seus antecessores, ele defendeu a importância da experiência e percepção humanas ao projetar. Pela primeira vez, a fenomenologia foi introduzida na concepção de experiências.

Em 1992, ele publicou Wicked Problems in Design Thinking, que traçou um caminho do design thinking à inovação e sua aplicação. Na década de 1980, ele foi para a Northumbria University e o Royal College of Art — centros de pesquisa em design e filosofia. Em 1992, o diretor de design da Universidade Carnegie Mellon, Richard Buchanan, publicou seu artigo, Wicked Problems in Design Thinking, que discutiu as origens do Design Thinking. E esse Design Thinking é o mesmo pensamento de design que os estudiosos vêm contemplando desde a década de 1950; porque foi aí que o fundador da IDEO, David Kelley, recebeu sua educação.

O design thinking tem um amálgama de abordagens, o que o torna único; talvez seja por isso que o design thinking é aplicado como um termo genérico para projetos multidisciplinares centrados no ser humano que envolvem pesquisa e ideação rápida (geração de ideias). A verdadeira alegria do design é oferecer novas perspectivas, maior bem-estar e uma sensação intuitiva de equilíbrio com o mundo em geral. Arnold propôs ideias como design centrado no ser humano e educação multidisciplinar em design no final da década de 1950, mas ele faleceu antes que elas pudessem ser implementadas. Herbert Simon publicou The Sciences of the Artificial em 1969, o que dá ao design uma nova gama de classificações e parâmetros.

Em 2003, uma seleção de universidades na Europa e a Carnegie Mellon nos Estados Unidos começaram a ensinar design de serviços para estudantes. Tim Brown Como designer industrial e CEO da IDEO, Brown tem sido um forte defensor do Design Thinking e da inovação. Se você perceber que o marketing e o design lutam constantemente para concordar, por exemplo, algumas sessões de brainstorming no estilo design thinking podem ajudar a colocar todos na mesma página. Ao mesmo tempo, o design thinking tem tudo a ver com colocar a mão na massa; o objetivo é transformar suas ideias em produtos ou processos tangíveis e testáveis o mais rápido possível.

Problemas perversos estão no cerne do Design Thinking, porque são precisamente esses problemas complexos e multidimensionais que exigem uma metodologia colaborativa que envolve a obtenção de uma compreensão profunda dos seres humanos. Infelizmente, a barreira do idioma significa que esse movimento de design não está tão bem documentado quanto outros da época. A Design Science, por exemplo, foi liderada pelo inventor Buckminister Fuller no MIT em meados dos anos cinquenta. O design thinking percorreu um longo caminho desde a sua criação na década de 1950.

Ela evoluiu de uma ideia proposta por John E Arnold para um conceito amplamente aceito, usado por muitas empresas atualmente. Os pioneiros que estabeleceram suas bases possibilitaram que usássemos essa ferramenta poderosa hoje. Das Ciências Artificiais de Herbert A Simon aos Problemas Perversos de Horst Rittel e à defesa do Design Thinking de Tim Brown, esses pioneiros possibilitaram que usássemos essa ferramenta poderosa hoje.

Cris Lindner
Cris Lindner

Facilitadora de inovação dirigida pelo design. Inventora com foco em desgin de jogos e tecnologias para o desenvolvimento da criatividade consciente. Designer bacharelada pelo Mackenzie a 20 anos, 10 anos como Neuro Experience Designer, tendo trabalhado com grandes marcas e projetos de diversos segmentos, como Coca-Cola, Globo, Intel, Bradesco e muitas outras. Designer de Ideias e Designer de Futuro, especializada pela USP em Gestão da Inovação, MIT em Design Thinking e MBA em Brading pela Rio Branco.

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